domingo, 27 de setembro de 2009

amor de criança

quem já teve?
eu devia ter uns 15 anos quando nos vimos, pra mim, pela primeira vez -não me lembrava dele quando pequeno.
ele devia ter uns 18. e era o cara mais lindo do mundo!
cabelo rock 'n roll, tênis rock 'n roll, olhar rock 'n roll. e tudo que eu amava e queria ser era rock 'n roll.
sei que ele também gostou de mim. eu devo ter alguma coisa que faz palpitar nele também.
e depois de mais um ano, nosso convívio se intensificou um pouco mais. sonhei com ele tanto, mas nunca tive coragem de deixar escapar nenhum vestígio de nada que me denunciasse pra ele. imagina! ele nunca daria a menor bola pra mim...
passou mais um tempo, ficamos longe um do outro novamente. esfriou.
mas agora, ao vê-lo depois de un s 5 anos, esquentou tudo. meu rosto pegava fogo quando nos cumprimentamos. sentada ao lado dele num sofá macio, contando as novidades, lembrando dos detalhes dele ali, na minha frente... tudo quente!
um dia eu pego! mesmo que seja pra eu não gostar e ir por água abaixo todo esse frenesi que ele me causa. mas eu pego!!
e vocês? têm um amor platônico assim??

domingo, 13 de setembro de 2009

vem comigo

o que eu tenho é vontade de pegar a sua mão e te mostrar o caminho. te contar das ruas todas em que andei pensando em você. do quanto você é pra mim. você é vida, cara.
faz parte, não adianta. nunca vou conseguir me despedir de você pra sempre. tô sempre querendo voltar. tô sempre pegando os ônibus que me levam até você.
e eu quero agora me apegar às coisas boas pra mim. às pessoas que me ensinam um pouco do viver. tem gente que é especial demais, né?
queria ser especial pra você, sabia? te ensinar que o amor é uma coisa linda. e que não precisa ter medo dele. o amor não vai te fazer chorar, nem ficar triste. é a gente que acaba estragando tudo, com nossa burrice humana. a gente é alma, coração, sentimento. e a gente atrapalha, mesmo. é assim, fazer o quê?
a gente erra, tropeça, cai. e se machuca, mesmo. mas as dores passam. e é muito bom quando a gente tem alguém pra ajudar a curar uma ferida.
a vida da gente é feita assim: a gente e outras pessoas construindo uma história. não pense que você pode se bastar, não. é preciso do outro, pra que algo faça sentido.
deixa eu fazer sentido pra você, deixa?
deixa eu te mostrar que eu gosto do seu sorriso. que eu quero te ver bem. que eu quero ser um bem pra você.
vamos deixar de pensar demais. vamos apenas ser, fazer, o que quisermos. sem fazer tantos cálculos assim.
pra que pensar se vale a pena? pra que pensar se está certo?
eu quero é fazer valer a pena.
esquece o que já foi. vem pra cá, hoje.
fica comigo e só. eu juro que não vou mais falar de "pra sempre".
e que seja então, pra agora.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

é da minha conta

o que eu sei é que eu já errei muito. já errei com muita gente e muito mais comigo.
tentando ser a mais esperta, fui a mais idiota. tentanto ficar por cima, acabei no fundo do poço.
só que errar e perder faz parte da vida (mais clichê, impossível). e perdoar também.
por isso, eu resolvi me perdoar. e me aceitar, com tantos defeitos.
sinto muito, pelos que me acham idiota agora, por pensar assim.
mas pra mim, nesse momento existe uma só prioridade: ser feliz.
e a única pessoa que sabe o que é felicidade pra mim, sou eu.
e pra começar, o meu primeiro passo vai ser aceitar as coisas como elas são e tentar entender um pouco do outro lado.
aprendi que julgar as pessoas pelas atitudes, é muito fácil.
no fundo, é difícil encontrar um exemplo de pessoa. ninguém é perfeito.
de que adianta eu ter a solução perfeita pros problemas do meu vizinho, se a minha vida inteira é uma bagunça?
de que adianta eu icentivar aquela amiga a dar o pé no otário do namorado dela que vive deixando-a sozinha pra jogar futebol com os amigos?
cada um sabe das suas necessidades, do que te faz bem e do que quer pra si.
na hora de decidir o que a gente quer da vida, é a nossa vontade que conta.
e ninguém tem o direito de achar que sabe mais do que passa dentro de nós, se não nós mesmos.
tô pagando o preço.
e pode ser ruim pra mim, em algum momento.
mas quem vai ter que sentir a dor, sou eu.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

marcas

e num dia desses, a tarde estava parecendo aquela, de seis anos atrás. eu andava naquela praça, que até hoje é do mesmo jeito. agora, minha cabeça está mais bagunçada. eu penso em mãe, pai, tia, primo, aluguel, telefone, texto, seminário, ônibus, passagem, roupa suja, banheiro...
talvez naquele dia a minha ingenuidade e vontade de me aventurar fossem tão grandes, que me davam uma ilusão maior de felicidade.
mas mesmo hoje, com todas essas coisas na cabeça, eu pude sentir. eu vi aquele cara de camisa xadrez, bermuda e all star caminhando na minha direção. ouvi o barulho daqueles penduricalhos que ele carregava na bermuda. senti soprando os meus cabelos, o mesmo vento que soprava os dele. aqueles cabelos tão lisos, tão pretos. meu coração pulava e ficava inquieto por saber que ele vinha me encontrar.
eu era só uma menina. 16 anos, uma sandália de couro velha nos pés, uma blusa roxa de algodão com estampa de tai dai (não sei se é assim que se escreve) que eu mesma fazia, brincos grandes, cabelos encaracolados, embaraçando-se com o vento.
por dentro, uma menina. acabara de chegar nessa cidade. acabara de sair de casa. estava me sentindo só, porém orgulhosa. tanta coisa ainda estava por vir.
e esse momento hoje faz parte da minha vida, da minha história.
inevitavelmente, aquele cara vai estar na minha lembrança pra sempre. como alguém que transformou certezas em dúvidas cruéis. como alguém que me ensinou o que é não ter medo das próprias atitudes. como alguém que acima de tudo, é ele mesmo. a todo momento.
hoje, enxergo esse passado como parte eterna de mim. entendo a construção do meu presente através de cada um desses momentos marcantes.
e espero, ansiosa, pelos que vou lembrar no futuro.
tem pessoas, que mesmo sem querer ou sem saber, transformam a gente. fazem a diferença, apenas por existirem. não consigo aceitar que seja apenas uma coicidência, certas pessoas passarem pela vida da gente e deixarem em seu rastro coisas tão importantes pra nós.
- Rodrigo, você é sempre muito bem-vindo.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Relax

Eu andei muito ansiosa. Nervosa, descontrolada. Com idéia fixa em uma coisa...
Mas agora, tô fazendo de tudo pra ficar mais tranquila. Esperar menos e curtir mais.
É que às vezes eu espero tanto por um momento, que quando ele chega, nem aproveito tanto. E daí ele acaba passado e só sobra mais ansiedade.
O tempo vai passando e as nossas prioridades mudam. Certas coisas passam a ser mais importantes na nossa vida que outras. A gente vai aprendendo a dar valor a coisas menores, cotidianas, que mesmo sem a gente perceber fazem a nossa vida ser melhor. E junto com as transformações, sempre ficam aquelas coisas que não mudam. Fazem parte da nossa essência, talvez. E o meu desafio é aprender a lidar com essa relação de permanências e transformações.
Estou aprendendo a gostar mais de mim e a me valorizar, acima de tudo. Nunca fui de negar meus desejos, vontades e anseios. Mas preciso aprender também a preservar as coisas boas que a vida me oferece.
Quero estar feliz todos os dias. Quero aproveitar a oportunidade diária de felicidade que recebo todas as manhãs. Tenho maior consciência de que ser feliz depende antes de mais nada, da minha vontade.
E o que eu mais quero agora, é ser MUITO feliz!!
Desejo coisas boas a todos vocês que passam por aqui e acompanham um pouco do meu mundo.
Um beijo, com carinho!!