quarta-feira, 15 de abril de 2009

estrela de David

loiro natural. mas com olhos castanhos pequenos. olhos inquisitivos, que mesmo quando eu não faço idéia do que dizem, parece que estão me perguntando tudo. e esses olhos me deixam confusa, não encontro resposta alguma diante deles.
hoje ele está de amarelo. e é engraçado como o tom da sua blusa se encontra com o tom de seus cabelos. fios dourados, desajeitados, desarrumados. e essa bagunça toda me contagia. eu me desajeito toda na sua frente.
ele é alto. um tamanho ideal para um corpo me abraçar, me embalar e me esquentar numa madrugada dessas aí. um corpo bem distribuído, bem feito. um corpo todo desenhado por seus sentimentos, suas características, sua essência. ele se gosta tanto, que se enfeita dele mesmo da cabeça aos pés. isso pra mim é lindo. mas ele é tanta coisa que me deixa na dúvida. fico perdida entre estranhesa e sedução.
ele poderia ser perfeito, mas ele abusa de suas imperfeições. usa todas elas pra se mostrar. e fica ainda mais lindo desse jeito!
ainda bem que ele não pode ouvir meus pensamentos.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

sabe o que eu queria??

quinta-feira santa. véspera de feriado. oito e pouco da noite. nada de muito importante pra fazer. daí o garoto de olhos azuis (que eu achava que eram verdes) me chama pra uma baladinha. chopp e música sertaneja. provavelmente gente bonita. e eu? o que eu digo?
adoraria ir. adoro sertanejo (sim, eu sei que é barango, mas gosto mesmo assim). adoro chopp. e tô precisando mesmo encher a cara.
mas sabe o que eu queria hoje?
um buteco, uma cerveja super gelada e muita conversa. um peixe, um torresmo, fritas com queijo... alguma coisa assim. gente interesante. conversas soltas, sem pressa. pessoas legais passando. sensação de poder. sensação de que eu tava sendo desejada pela mesa ao lado cheia de rapazes. queria uma festa de fim de noite. um bar meio rock 'n roll que só fica bom depois das 2 da manhã. aquela madrugada em que a fumaça dos cigarros que estão por perto não atrapalham em mais nada. aquela noite em que a gente faz amizades com mulheres estranhas na fila do banheiro. aquela noite que quando deixa de ser noite é porque o dia amanheceu e o que a gente mais quer é ligar na hora pra amiga que não tava na festa só pra contar o que aconteceu. porque provavelmente, nessas noites sempre acontecem coisas interessantes. eu queria me sentir totalmente livre. solta até de mim. e principalmente de você.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

aqui dentro, pulando pra fora

por que 3, 5, 8? por que não só uma? essa multiplicidade em mim é exaustiva. me cansa essa coisa de sonhar tanto antes de dormir e depois me esquecer de acordar. me confunde esse apego que eu crio e a repulsa que me toma de repente. sou tarada, louca e descontrolada. e logo depois sou romântica e carente e ... doce!

doce? até agora não entendi de onde veio aquele apetite tão intenso por chocolate. eu achava que preferia outros temperos. e prefiro, sim. a mistura de alho, cebola e pimenta era o que eu não conseguia resistir. mas parece que me deixei levar pela explosão de hormônios e sabor. onde eu encontraria mais prazer?

eu só sei perguntar. não tenho respostas, ou não as quero, não aceito. é tão difícil ouvir um não. é tão difícil dizer sim! não quero me conformar em já saber o que vai acontecer. eu anseio por surpresas. apesar de no fundo querer determinadas surpresas, que acabam não sendo mais.

esperança de gente assim é ilusão. e eu acho que essa é a reposta que pode estar mais distante do erro: que o que mais me cansa nessa vida é esperar pela ilusão de amanhã.