sexta-feira, 14 de agosto de 2009

e depois...

e depois, a gente deita de conchinha. eu seguro sua mão perto do meu rosto e sinto a sua respiração na minha nuca. e pela sua respiração eu já vou sentindo que você vai cochilar. são só alguns segundos pra que você apague. me viro, não quero que você durma agora. você diz que só dormiu quatro horas durante a noite. eu deixo, então. a gente se ajeita. eu também pego no sono.
e ali, você dormindo do meu lado, seu corpo coberto só por um lençol, eu olhando suas pintinhas nas costas. as cores da tatuagem aparecendo de leve. você dorme, ainda. um sono leve, tranquilo. eu tomo cuidado pros meus pensamentos não te acordarem. enquanto você dorme, inocente, eu faço tramas de amor pra nós dois. planejo cada passo nosso, até o futuro. quando você não mais quiser "saber mais dos seus vinte-e-poucos anos". e parar com essa bobagem de fugir de mim. e de inventar desculpas pra gente.
enquanto você descansa eu sonho, acordada. o meu problema é não saber a diferença entre exercitar a energia positiva e viajar na maionese. mas deixa, daqui a pouco a gente acorda. eu te olho e te acordo primeiro. e aí você me acorda também.
e a gente se ama, mais. e eu só quero isso, pra sempre.
mas...
e depois?

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