Hoje me deu saudade, mais uma vez. Lembrei da sua perfeição. De como você conseguia reunir todas as qualidades que eu valorizo em um homem. E de como essas qualidades se reuniam em você na devida proporção. Divina proporção.
Você é mesmo o que eu poderia chamar de modelo. O modelo de homem, de namorado, de amigo.
Enquanto a professora fala com calma e paciência de alforria, eu aflita e ansiosa me pergunto pela minha liberdade. Quando será que eu poderei me sentir livre? Será que está muito longe o dia em que eu não sentirei mais tanta saudade?
Eu tentei te contar hoje dessa saudade. Queria te falar que eu sinto falta até daquela cara de comodismo que você fazia diante da vida. Queria te falar que eu só consigo acreditar nos seus elogios. Que todos os dias, quando saio do banho e ainda despenteada eu me lambuzo em um hidratante de morango ainda imploro pela sua voz dizendo que eu estou cheirosa. E quando eu estou afim de testar a paciência de alguém com as armas da minha TPM eu suplico pelos seus ouvidos tão tolerantes. E as tardes de domingo ainda te pedem ao meu lado no sofá, com a mesma intensidade que minhas costas esperam suas mãos, seus carinhos.
Eu queria te falar tudo isso, que estava implícito nessa palavra saudade. Mas veio a mensagem dura, curta e direta: "você não pode enviar esse recado". Tive que engolir, afinal de contas, essa mensagem era um lembrete da minha consciência.